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Os desafios de um jovem que saiu de Cascavel para fazer missão na Índia

Há 40 dias, o jovem Ioane Faumui, 21 anos, deixava seus pais em Cascavel e embarcava rumo à Índia, para um trabalho de missão coordenado pela Jocum (Jovens Com Uma Missão).

O chamado missionário de Ioane não é por acaso. Seu pai, o professor de inglês e treinador de Rugby, Daniel Faumui, o Samoa, também veio para o Brasil como missionário há anos atrás. O nome Samoa é uma referência ao seu local de nascimento, as Ilhas Samoa.

Hoje Samoa vive em Cascavel onde é professor de inglês.

O filho decidiu seguir o chamado missionário e escolheu a Índia para levar o amor de Jesus.

Os desafios são grandes, já que o cristianismo ainda é pequeno no país e, em muitos casos, há perseguição.

“Apesar de fluir bem o nosso trabalho, eu pude sentir grande opressão espiritual, principalmente próximo a locais de adoração a deuses pagãos. Em [Nova] Délhi, logo no meu segundo dia, fizemos evangelismo nas ruas às escondidas. Enquanto alguns compartilhavam o evangelho, outros ficavam atentos às autoridades e religiosos radicais. A adrenalina ajudava a ficarmos ligados no que estava acontecendo a volta. Pelo menos sete jovens permitiram que orássemos por eles, alguns sob uso de entorpecentes”, relata.

Também em Nova Délhi, capital indiana, a equipe, juntamente com uma base Jocum que hospedou os missionários, realizou uma caminhada de oração em uma das favelas locais e oito pessoas aceitaram a Jesus. “Foi um começo eufórico para todos, graças e glória a Deus”, diz Ioane.

Vendas somente em Cascavel

A equipe missionária trabalhou em uma igreja subterrânea na capital. Lá existe um orfanato dirigido por uma brasileira e seu marido indiano.

“Pudemos compartilhar testemunhos, a palavra, sonhos e planos. O mais surpreendente é que boa parte desses jovens gostariam de se tornar missionários e alcançar mais vidas para o Senhor, inclusive no Brasil. Foi um grande incentivo para eu continuar”, afirma.

Por ser um orfanato declarado cristão, a entidade enfrenta problemas na Justiça. Políticos locais buscam motivos fúteis para tentar acusar o casal e acabar com o projeto. “Peço que incluam esse ministério em suas orações”, declara Ioane.

Paganismo

No estado de Himachal a equipe missionária ficou na base do vilarejo de Kullu, em uma pequena casa alugada. A cidade é dedicada a Shiva, deusa da destruição dentro de religiões do hinduísmo.

“Idolatria é grande na região, para todos os lugares que os olhos alcançavam se via imagens de deuses. Pela manhã as pessoas acendiam incensos e ofereciam seus negócios às imagens”, conta.

O trabalho missionário em Himachal Pradesh foi em caminhadas de oração. “Eu creio que Deus se fez presente naquela região, pois seu poder é maior do que tudo”, observa o missionário.

Lá, os jovens missionários tiveram oportunidade de entrar na casa de uma família de cultura hindu e muito influente na vila de Manalli. Os jovens missionários falaram abertamente do evangelho de Cristo.

“Barbareti, a anciã do lar nos recebeu com muito amor e carinho e ainda pediu desculpas por não ter muito luxo em sua casa. Aquilo me constrangeu e me conquistou, a senhora é avó do único cristão do vilarejo, que hoje é obreiro na base de Kullu para honra e glória de Deus. No final da visita eu pedi que traduzissem em hindi (dialeto local) que eu amava ela e que choraria após a despedida, o que realmente aconteceu”, relata Ioane.

“Ainda em Kullu, eu pude compartilhar a palavra em uma igreja dentro de uma casa, em um quarto de quase vinte metros quadrados adaptado para ser um templo de Deus. A presença do Espírito Santo naquele local era quase palpável, a pureza e leveza que senti não teve explicação e eu só agradeci ao Senhor por aquele lugar. Mesmo pequena, a igreja possui ministério para enviar pessoas a pregar o evangelho, e já contam com muitos missionários no campo, dentro e fora do estado”, explica.

Atualmente o grupo está em Goa, um estado mais aberto ao cristianismo. Lá, a colonização portuguesa é bem visível, há muitos católicos e a arquitetura das casas é do período colonial.

“ A maior parte do trabalho aqui tem sido em escolas, onde passamos o dia, fazemos o devocional com as professoras, realizamos teatros e danças cristãs para as crianças e ajudamos nas aulas de inglês. O que surpreende é que as professoras são muçulmanas e de outras religiões do hinduísmo e ensinam sobre Jesus e princípios do Reino, pois dizem que o evangelho tem mudado a vida delas”, conta Ioane.

O trabalho ministerial na Índia tem pouca visualização por causa da perseguição religiosa, um dos motivos para os investimentos em projetos como esses serem limitados. “Por isso estou disposto a divulgar cada trabalho feito aqui para que pessoas como você possa fazer parte disso, seja em oração, financeiramente, ou do jeito que Deus falar”, observa o missionário.

Orfanato

Um dos fatos que marcou esse início missionário na vida de Ioane na Índia foi a história Ayush, um garoto de cinco anos. Sua mãe morreu quando ele Ra mais novo e o trauma estava estampado no rosto do garotinho na sala de aula.

“Durante o tempo na escola, eu sentei do lado dele todos os dias e o incentivava. Quando a professora o pedia para levantar e dizer algumas palavras, ele até levantava, mas não falava nada e voltava a se sentar. Ali eu pude dizer palavras muito positivas para ele, e com isso ele só me olhava e sorria. Até que um dia, a teacher pediu que os alunos ditassem algumas palavras e eu falei para ele: ‘Vai lá, você sabe, não sabe?’ Ele olhou para mim, balançou a cabeça dizendo sim, levantou e conseguiu. Glória a Deus!”, conta o missionário.

Ioane precisa de auxílio para concluir o trabalho missionário na Índia. Esse auxílio pode ser em oração ou contribuição financeira para aqueles que desejarem assim fazer.  Você pode fazer parte dessa missão contribuindo com qualquer valor. A conta de Ioane Helon Barros Faumui  é no Bradesco, Agência  5702, conta corrente 38392-9 . O CPF de Ioane é 113.638.094-90.

 

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