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Câmara e Sanepar debatem qualidade do serviço prestado pela companhia em Cascavel

Uma audiência pública foi realizada nesta quarta-feira (05) na Câmara de Cascavel para debater a qualidade dos serviços prestados pela Sanepar em Cascavel. Proposta pelos vereadores Celso Dal Molin (PL) e Romulo Quintino (PSL) a audiência contou com a participação do deputado estadual Coronel Lee (PSL), de Claúdio Stabile, diretor-presidente da Companhia, Rita Camana, diretora geral Sanepar/Cascavel, Fernando Guedes, diretor de governança, riscos e compliance da Sanepar, Sergio Wippel, diretor de Operações da Sanepar, Leura Lucia Conti de Oliveira, diretora de Investimentos da Sanepar e os vereadores Josias de Souza, Beth Leal, Soldado Jeferson, Professor Santello, Sadi Kisiel, Edson Souza, Vilmar Mello, Cidão da Telepar, Lauri Silva, Policial Madril, Serginho Ribeiro e Pedro Sampaio, além de diversos assessores da Câmara e funcionários da companhia que participaram remotamente.

O vereador Celso Dal Molin contextualizou o histórico de relações entre a Sanepar e o município. Em 1972 foi celebrado o primeiro contrato, com validade de 30 anos, que durou até 2002. Entre 2002 e 2004 a Sanepar administrou o serviço sem contrato. Em novembro de 2004 foi feito um novo contrato que vence em 2024. “Portando, foram 48 anos em que a companhia foi responsável pelas águas em Cascavel e queremos que nestes seis anos que faltam para encerrar o contrato, sejam pensadas as condições de prestação de serviço, para garantir qualidade e transparência nesta parceria”, defendeu Celso. O vereador citou problemas passados que devem ser evitados, como falta de conservação de nascentes, plantio de árvores e assoreamento do Lago, contaminação da água e problemas de saúde causados à população e ainda a falta de um plano concreto para evitar a falta de água durante os períodos de estiagem.

Já o presidente interino da Câmara, vereador Romulo Quintino, citou três questões principais a serem esclarecidas a partir das reclamações da população, “a revisão dos valores da tarifa mínima de 10 m³ para 5 m³ com o aumento de 8% na tarifa mínima sem aditivo contratual; a questão do ar na tubulação fazendo com que o hidrômetro rode mesmo sem nada gastando dentro da casa e nenhum vazamento e ainda, a constante falta de água sempre justificada com reparos”.

Segundo a Sanepar, Cascavel ocupa a 7ª posição em saneamento básico no país, de acordo com o Instituto Trata Brasil e produz hoje 70.000 m³/dia retirados dos mananciais do Rio São José, Rio Cascavel, Rio Saltinho, Rio Peroba e 16 poços. São 20 reservatórios de distribuição com capacidade para 35,5 milhões de litros de água. A respeito do aumento de preço nas tarifas, “a alteração da estrutura tarifária foi solicitada à Agepar em setembro/2020 e a agência pode homologar e fixar o reajuste de tarifas dos serviços de saneamento básico prestados em todos os municípios atendidos pelas empresas que prestem serviços de saneamento básico”.

O diretor de Operações da Sanepar, Sérgio Wippel, explicou que “a avaliação da qualidade da água disponível atende a Portaria de Consolidação nº 05/2017 do Ministério da Saúde, com 4.880 análises mensais de tratamento da água e 2.000 análises mensais de controle de qualidade da água distribuída”. Ele esclareceu ainda que “a falta de água e interrupções são motivadas por paradas programadas para interligação da rede ou consertos de rompimento das adutoras” e que a respeito das reclamações da população sobre cobranças irregulares motivadas por ar na tubulação, “ elas podem acontecer quando há uma intermitência na rede, como por exemplo, durante as interrupções de serviço. A solução é instalar grandes ventosas nos equipamentos, o que a companhia está fazendo”.

A audiência esclareceu dúvidas de todos os vereadores presentes e ainda de representantes da comunidade que acompanharam o debate. A ideia é continuar debatendo o melhor modelo de cobrança da tarifa garantindo a qualidade do serviço e investimentos contínuos na rede.

Foto: Flávio Ulsenheimer

Assessoria de Imprensa/CMC

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