OPINIÃO

Ataque aos princípios cristãos

No mês de julho de 2013, eu estive participando, como cantor e pregador, da Jornada Mundial da Juventude, um evento da Igreja Católica, para o qual fui convidado por um líder da Renovação Carismática do Vaticano. A princípio, hesitei em aceitar o convite, mas, depois, ponderando com meus líderes em Porto Alegre, concluí que seria uma boa oportunidade, não para um simples ecumenismo, mas para estreitar laços cristãos e levar a um público diferente aquilo que Deus tem me dado como ênfase de vida e ministério: proclamar o louvor e a adoração, bem como, o amor do Pai em toda a Terra e para toda criatura.

Diferentemente do que eu imaginava, encontrei naquele evento muita gente sedenta por Deus. Porém, o que mais me chamou a atenção foram as mensagens proferidas pelos que me antecederam no altar. Alguns dos palestrantes proclamaram, sem papas na língua, ao falarem sobre sexualidade, que Deus tinha mais do que apenas homoafetividade para a vida de homens e de mulheres, e que o Pai nos fez macho e fêmea, e que qualquer outra coisa não é gênero, mas, sim, atos comportamentais. Confesso que não sabia que os católicos tivessem um posicionamento tão firme acerca do assunto, o que me fez entender também, que acerca desse tema, sofrem as mesmas pressões que os evangélicos.

Nos dias atuais, estamos vivenciando um ataque sem precedentes aos princípios que norteiam a vida familiar cristã. Estão querendo nos fazer crer que existem mais do que dois gêneros – masculino e feminino. Infelizmente, existe uma “minoria” que quer fazer com que a “maioria” da população acredite que é normal que uma menina de 5 anos interaja com naturalidade com um homem adulto nu desconhecido, mesmo que a lei brasileira afirme o contrário. Além disso, a grande mídia quer impingir sobre a população que é normal que um casal composto por dois “homens” europeus adotem, com facilidade e com naturalidade, crianças brasileiras, sem qualquer restrição, e chamem isso de família normal e feliz. Pelo amor de Deus, que essa gente manipuladora saiba que não somos nem tolos, nem alienados.

A meu ver, é fácil compreender que essa polêmica não passa de uma cortina de fumaça lançada e permitida por esses que usurpam o poder de nossa pátria. Primeiramente, aqueles que creem que os recibos de “31 de junho” e “31 de novembro” são verdadeiros, e outros, aqueles que acreditam que o impeachment foi legítimo e que o governo vigente é mais do que competente para gerir os rumos da nação. Minha gente, isso é parte de uma falácia que se apoderou do Brasil, para roubar, matar e destruir. Prova disso é a constante tentativa de inclusão da Ideologia de Gênero, na Base Nacional Comum Curricular, ato que tem sido, graças a Deus, constantemente barrado por reação da sociedade.

Mas tem mais. Recentemente, uma revista de circulação nacional declarou que os evangélicos são uma gente que incomoda, assunto sobre o qual já me manifestei. O livro bíblico Atos dos Apóstolos já declarava isso, há dois mil anos: “e, levando-os aos pretores, disseram: Estes homens, sendo judeus, perturbam a nossa cidade, propagando costumes que não podemos receber, nem praticar, porque somos romanos” (16.20-21). Esse incômodo não é proporcionado apenas pelos evangélicos. O contingente católico, que é enorme em nossa pátria, também não concorda com a aberração que está sendo enfiada goela abaixo da sociedade brasileira, fazendo com que os valores da família, que protegem a pureza, a integridade, o casamento, e a castidade, sejam abertamente menosprezados e ridicularizados por uma minoria que crê, por exemplo, que um homem beijando outro homem, é normal, e que uma mulher se casando com outra mulher, seja algo aceitável.

Creio que chegou a hora de nossa sociedade majoritária, considerada retrógrada, pelos seguimentos liberais começar por limites em tudo isso. Não importa se você é católico, ou evangélico, ou judeu. Nossos valores com respeito à família são idênticos. Mesmo que, poucos tenham coragem de dizer isso, chegou a hora de dar um basta a esta palhaçada. O Brasil assiste inerte, que, em nome da arte, alguém se refira a um menor como “criança viada travesti da lambada” ou outros adjetivos que levem ao entendimento de que possam ser assim referidos, ou, que se envie às bibliotecas das escolas públicas, como está fazendo um banco no Rio Grande do Sul, que distribui um livro recheado de desenhos que mostram zoofilia e outras atrocidades congêneres, mesmo que seja debaixo da bandeira cega da cultura, a meu ver, cultura inútil e degenerada. O governo precisa entender que a maior parte da sociedade não concorda com isso, e que temos o direito constitucional de fazê-lo.

O que está sendo atacado não é simplesmente a fé, mas os princípios e valores que direcionam a vida tanto de evangélicos, quanto de católicos que querem viver uma vida em acordo com a Bíblia. E seguramente podemos incluir a esse grupo, os judeus e também outras pessoas, que, mesmo não declarando qualquer religião, discordam dessa ditadura comportamental que estão tentando impor de forma imoral sobre a sociedade brasileira.

Gostaria de deixar registrado que tem sido louvável a atitude de parlamentares federais, estaduais e municipais, assim como, de prefeitos e de governadores, que estão tomando posicionamentos claros para barrar essas aberrações. Sem dúvida, precisamos nos unir como nação CRISTÃ e apoiar tais iniciativas de enfrentamento a esses absurdos. Assim estaremos exercendo cidadania consciente e responsável e, acima de tudo, honrando os valores de nossa fé.

Asaph Borba é cantor, pastor, jornalista e colunista do Jornal Boas Notícias

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